O “NOVO NORMAL” DA APRENDIZAGEM

Ser professora e aluno neste momento de pandemia é um grande desafio. Como professora, não é fácil se não se tem o conhecimento necessário em tecnologia. O “novo normal” de aprendizagem não é fácil no início, porque a necessária conectividade entre professores e alunos não é praticamente garantida. No que diz respeito a esta forma de educação, isso requer mais esforço por parte dos alunos e mais paciência por parte dos professores, e vice-versa. Todos sabemos que, em última análise, os alunos precisam de ouvir os seus professores. Os professores que são acessíveis e compreensivos ouvirão as necessidades dos seus alunos e ainda tentarão dar o seu melhor mesmo através de mensagens.

Um verdadeiro desafio é que alguns alunos não têm acesso à internet em casa, o que também é uma dura realidade mesmo entre os professores. A procura de educação dos jovens durante esta pandemia tem um preço elevado. Na nossa escola, na Escola Dominicana, na Cidade de Zamboanga, estamos a usar aprendizagem híbrida. No início, é muito difícil utilizar a tecnologia, especialmente para as crianças. Alguns dos alunos usam telemóveis para frequentar as suas aulas todos os dias através de aprendizagens assíncronos. O novo normal é muito desafiante, mas fazemos o nosso melhor para conseguir melhorar a capacidade de aprendizagem do aluno.

Desde o início que tenho medo de conhecer os meus alunos durante as aulas online. Não tenho confiança para dar numa aula aos alunos que me foram atribuídos. Em primeiro lugar, porque os pais também estão a ouvir. Estes pais estão animados para conhecer os professores dos seus filhos. São mais ativos em fazer perguntas sobre lições. Após dois meses de estudo com aprendizagem híbrida a partir de casa, os alunos adotam o novo sistema de aprendizagem através da tecnologia nas horas extraordinárias. Todos estão entusiasmados por ter aprendizagens assíncronas todos os dias, mesmo uma vez por semana por disciplina. Podem fazer perguntas na aula online e participar ativamente. É fácil adaptarem-se, pois a tecnologia é mais fácil para eles. Sendo professora, tem que dar o seu tempo para fazer os seus módulos do dia-a-dia. Tens de preparar bem as tuas aulas, porque não só os teus alunos estão a ouvir, mas também a maioria dos membros da família. Esta é a minha experiência como professora de Educação para a Vida Cristã. 

Além de ser professora de religião, também estou a estudar para terminar o meu curso de educação. Lá, sei como é difícil ser estudante devido à conectividade ou acessibilidade da disponibilidade de internet/wi-fi. A maioria das minhas aulas têm dificuldades semelhantes com a ligação à Internet. Pergunto-me como é que os meus alunos podem aprender neste tipo de aulas. Todo o processo de aprendizagem é praticamente sozinho ou supervisionado.

O facto de alguns terem uma boa ligação à Internet, dá-nos a oportunidade de discutir com os meus colegas e perguntar-lhes sobre lições específicas ou sobre certos módulos. O objetivo de cada educador é aspirar a dar o melhor de si mesmo para transmitir conhecimento, cada um está fazendo tudo o que é possível para dar a direção certa aos seus próprios alunos. Desta vez, centra-se mais no aluno e não muito no professor, mesmo que entreguem todos os seus conhecimentos aos seus alunos, completamente diferentes da aprendizagem presencial.

Irmã Edelita S. Sibongga, OP

Escola Dominicana