Sou eu só?
Não, sou mais de uma, não sou eu várias?
Quantas vezes sou eu?
Quantas vezes, e porquê?
Porque mudo, e quantas vezes?
Sou eu quando me desperto
Mas sou outra quando rezo.
Outra, quando leio sozinha,
outra quando estou a falar e depende com quem o faço.
Mudo se a pessoa é amiga,
E mudo se é da minha família.
Mudo se vou sozinha de passeio,
e sou outra quando penso, e sou outra quando sofro,
quando canto e se rio mudo,
se me fazem sofrer e… me fazem senti-lo dentro….
Também mudo se me enfado, se me alegro
E porque mudo? Porquê tanto?
Então, quantas sou?
Sou quando penso, sou quando amo,
sou quando me zango
e quando pinto e quando leio…
Porque sou tanto?
Não terei que ser menos?
Porque digo ” que eu sou…” se não é certo…
Cada uma, somos tanto!
Barañáin, junho 2023.